terça-feira, 10 de maio de 2011

Empresários mineiros cobram empenho de Pimentel no Estado

Federação da Indústria de MG mostrou apreensão sobre investimentos do Governo Federal no estado

Denise Motta, iG Minas Gerais

“Boa vontade”. Assim resumiu o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, ao ser questionado por jornalistas sobre o compromisso do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, com o Estado. Os dois, acompanhados de industriais e empresários do comércio, almoçaram na tarde desta sexta-feira, em Belo Horizonte, quando foram apresentadas ao ministro sugestões para impulsionar a economia.
O presidente da Fiemg demonstrou apreensão sobre investimentos do Governo Federal em Minas e disse estar confiante de que Pimentel, como mineiro, poderá sensibilizar-se à causa, até porque seus passos políticos podem estar direcionados para uma candidatura ao governo do Estado.
Olavo Machado Júnior está preocupado com a exclusão de Minas nos planos do governo Dilma. Ele afirmou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem feito palestras no exterior, nas quais mostra um mapa do Brasil com obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Minas, destacou o dirigente da Fiemg, não aparece como contemplada pelas obras. “A indústria mineira reflete a nacional. Somos o terceiro PIB, colado no Rio de Janeiro, e com um terço do PIB de São Paulo”, lembrou.
Pimentel saiu do almoço na Fiemg sem falar com jornalistas. A impressão que ficou do encontro, segundo relatos, foi de que o ministro mineiro não fez promessas e pediu paciência. Pimentel sinalizou aos empresários mineiros que o governo não prevê, por enquanto, nenhum plano para conter a inflação e classificou a alta recente do dólar como “efeito Osama”.
“Pimentel é sincero e objetivo em suas colocações e por isso tem credibilidade. Ele não promete para depois arrumar uma desculpa. Ele não precisa disso. Reclamei muito e sugeri muito que queremos uma política industrial. Precisamos de um direcionamento e esperávamos uma ação mais rápida”, contou Machado Júnior.
Além da cobrança por obras de infraestrutura em Minas, os empresários mineiros estão inconformados com o encaminhamento envolvendo a Refinaria Gabriel Passos (Regap), que fica entre os municípios de Betim e Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte. O presidente da Fiemg destacou que houve um compromisso de expansão, hoje encaminhado para o esquecimento. Em 2005, a Petrobras e o Governo de Minas firmaram um protocolo para implantar projeto industrial para produção de ácido acrílico e polímeros junto à Regap. Mas a Petrobras já sinalizou que o pólo acrílico deve ser implantado em Camaçari, região metropolitana de Salvador.
Em março deste ano, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, esteve reunido com o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), e esquivou-se de comentar o assunto. "A Braskem já tem uma planta petroquímica em Camaçari, na Bahia, e vai avaliar a sinergia para este investimento. É ela quem vai falar, eu não posso mais comentar esse assunto", afirmou Gabrielli, referindo-se à responsável pela gestão dos investimentos petroquímicos.

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